Publicado: Segunda feira 13 de Julho de 2020, 19h20
No momento em que a imprensa virou alvo de ataques, O escândalo do século reitera a paixão do colombiano vencedor do Prêmio Nobel pelo seu ofício de origem, o jornalismo, revelando sua genialidade até mesmo para reportar dos casos mais corriqueiros, como o do bebê mordido por um cachorro acometido por raiva, a trama mais complexas
Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, em 1982, Gabriel García Márquez revela seu lado jornalístico em O escândalo do século (Ed. Record). A obra é uma coletânea com cinquenta textos publicados entre 1950 e 1984 em jornais e revistas. Figura das mais importantes e influentes da literatura universal, Gabo é mestre do realismo mágico latino-americano, mas não queria ser lembrado por Cem anos de solidão nem pelo Prêmio Nobel. Os textos escolhidos por Cristóbal Pera são uma amostra do trabalho de Gabo na imprensa, fruto do ofício que ele sempre considerou base de sua obra.
Em todos esses textos é possível detectar uma voz característica e uma narrativa única do autor. No prólogo do jornalista americano e repórter da revista The New Yorker, Jon Lee Anderson, o prazer de García Márquez no jornalismo é evidente e o maior propósito em reunir os textos em O Escândalo do Século. "Afora tudo isto, Gabo foi jornalista; o jornalismo foi de certa maneira o seu primeiro amor e, como todos os primeiros amores, o mais duradouro. Esta profissão proporcionou ‑lhe o primeiro sustento como escritor, coisa que ele recordou sempre; a sua admiração pelo jornalismo chegou ao ponto de proclamar em certa ocasião, com a sua generosidade característica, que era 'o melhor ofício do mundo'".
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O lado repórter de García Márquez