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EDITORIAL: UM GRANDE TEATRO DE COMÉDIAS

Quata-feira, 29 de abril de 2020 18h56
Ficamos imaginando como toda essa parafernália e desordem que está tirando o sono de tanta gente em todo o mundo irá terminar. Não há em vista diante do nosso horizonte, qualquer sinal de solução para os milhares de problemas gerados até aqui por uma doença tão assustadora e desconhecida dos meios científicos! Se a ciência se perdeu em meio à tanta confusão, pior ainda foi o perturbador modo de se conduzirem alguns Governos com as dificuldades encontradas para o enfrentamento da doença em questão.
Vejamos, o Brasil - que em princípio demonstrava não ter nenhuma preocupação de que estaria entre os países mais atingidos pelo Vírus agressor. Nunca tivemos antes em toda a história uma agressão tão assustadora e incontrolável. Pensavam os otimistas: “ Não por certo um problema tão grave e incontrolável”. No nosso contexto histórico sempre tivemos habilidades para superar determinados tipos de dificuldades. Habitualmente, não temos – em ritmo contínuo: vulcões; tremores de terra; fome em massa desesperadora; desastres com desmoronamentos ou elevado índice de acidentes e mortes surpreendentes! Somos um povo acostumado e levar as coisas em boa ordem social, cultural e política!
Agora, por causa de uma agressão virótica que atinge todo o mundo em nossa volta, estamos alarmados, amedrontados, acovardados e perdidos em um volume enorme de nossas contradições. Não somos mais modelo para outros povos e, essa arrogância e petulância expostas por tanto tempo vamos ter que rever e mudar os comportamentos trazidos até aqui na nossa trajetória histórica.
De que falamos? Da ordem das coisas! Tudo não passava de uma fantasia! O Vírus nos mostrou isso com muita clareza! Não temos estrutura alguma para enfrentar uma situação tão caótica; não estamos preparados para debelar nem mesmos nossos conflitos políticos e como haveremos de enfrentar - como um coletivo organizado - os males trazidos pelas surpresas do cotidiano humano?
Falamos da fraca estrutura científica e dos nossos conhecimentos científicos reservados, apenas, para luzir o ego e a fantasia dos pequenos burgueses assentados (privilegiadamente) nos bancos das Universidades e nas poltronas reclináveis dos órgãos gestores da administração pública. Não temos hospitais com leitos suficientes para atender um volume de doentes trazidos ao tratamento de forma inesperada. Não temos laboratórios de pesquisas capacitados para encontrar o antídoto para combater uma Pandemia em grande proporções como esta do Coronavírus.
A par de toda essa dificuldade que requer uma preocupação maior dos nossos Poderes Constituídos com um total de 5.466 mortos e, 78.162 casos da doença Coronavirus (até 29/04/2020) não podemos continuar indiferentes ao equivoco, com o envolvimento da Imprensa; das Entidades Sociais; das Empresas Públicas e Privadas; dos Gestores da Segurança Pública; dos Serviços de Intercâmbio Internacional; dos Planejadores Econômicos e, tantas instituições Financeiras em uma discussão de menor significado, quando o VÍRUS que é o inimigo maior está aí matando pessoas em quantidade cada vez maior – e, nós (todos os brasileiros) perdidos em um emaranhado de contradições e de improdutivas indagações!
O que importa agora não é a discussão de substituição de ministros; de candidaturas futuras a uma vacância em cargos para qualquer dos três Poderes constituídos. Discutir valores morais de gestores apáticos e despreparados; espionagens em rede social; escutas telefônicas em aparelhos de “autoridades” ; conflitos partidários entre lideranças conservadoras ou socializantes!
Nada disso é importante neste momento. Tirar o presidente pela decisão de um “IMPEACHMENT” ou impedir a posse de um Diretor na Polícia Federal não é prioridade neste momento! O que precisamos hoje é correr para encontrar as soluções do grande mal que nos atormenta: O CORONAVIRUS! Este já matou tanta gente inocente; tantos trabalhadores; tantos jovens estudantes e crianças; matou sem razão maior e, de forma absolutamente irresponsável da nossa parte, enquanto discutíamos, de forma prioritária os nossos desajustes e divergências políticas!
Que sejam cerradas as cortinas do GRANDE TEATRO DE COMÉDIAS em que vivemos!
Luz Marina Diaz é editora do jornal e site A Critica MT

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