A eleição programada para escolha dos novos prefeitos e vereadores em todo o território brasileiro está, absolutamente, descaracterizada do entusiasmo dos eleitores que se mostram indiferentes às parcas mensagens das propostas oferecidas como metas de trabalho.
O que caracteriza a indiferença é a parafernália de siglas partidárias, a que estão filiados os candidatos e que não contam com a militância dos eleitores. Com raríssimas exceções as siglas partidárias se apresentam fortalecidas no conjunto das propostas dos candidatos.
Outro fator negativo é proporcionado pela indiferença do eleitor em avaliar o resultado das gestões dos atuais administradores municipais e da atuação das Câmaras na Legislatura que se encerra.
Desânimo jamais experimentado em pleitos anteriores é a principal característica do que se realizará em poucos dias. Os partidos passaram por diversas mudanças em suas propostas e poucos se mantiveram firmes com os objetivos trazidos em seus Estatutos. É como se fosse uma imensa colcha de retalhos política.
Essa falta de entusiasmo e participação do eleitor poderá gerar uma eleição com número elevado de abstenções e até, votos nulos (para mostrar a absoluta desconfiança do mesmo eleitor).
Os meios de comunicação, que passam também por uma mudança profunda em suas formas de trabalho, já não trazem a lume as mensagens eleitorais que era o seu melhor conteúdo em outras disputas passadas. Tudo mudou e, nada está como era com a propaganda eleitoral trazida pelo rádio, a televisão, os outdoors, as páginas de jornais e revistas e os comícios e carreatas do passado. O pouco que se vê são as chamadas “lives” – com seus falatórios confusos e contraditórios: terrivelmente, cansativos!
A maioria dos comentários está focada na discussão do comportamento de certos políticos, fotografados em atitudes desabonadoras em respeito ao manuseio de recursos públicos e de privilégios proporcionados pela confortável posição do cargo que ocupam.
Não há o que fazer em meio à essa discussão alimentada pela banalidade e a ociosidade massacrante de partidos sem compromisso ideológico. E, os candidatos em grande maioria inexpressivos e desconhecidos, não são capazes de convencer o eleitor sobre o rumo que se deve dar à gestão garantida pelo próximo pleito.
Certamente, o resultado de tudo isso será a constituição de um Poder Executivo apático para as cidades brasileiras e, um Legislativo sem qualquer estrutura que possa cumprir com seu trabalho o papel que cabe aos legisladores na condução de propostas legais e objetivas com vistas a um desenvolvimento organizado das nossas cidades.
Não há tempo para mudar nada do que está aí. Os partidos são inexpressivos; os candidatos indiferentes aos anseios dos eleitores e a eleição é como um jogo de futebol de equipes amadoras desconhecidas. O pior é que o juiz que apita o jogo nem mesmo conhece as regras e as leis para que a partida não seja uma bagunça degenerada!
Luz Marina Diaz Tapia
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Uma eleição com clima de indiferença e desânimo
