Publicado em 24/03/2021 12h31
A partir de março de 2020, vivemos as incertezas do processo pandêmico do coronavírus, obtendo no final do ano indicadores favoráveis de recuperação da economia e de controle da saúde.
A preservação da atividade econômica, em conjunto com os cuidados da saúde, ofereceu perspectivas animadoras quanto à superação dos efeitos devastadores desse vírus que abalou o mundo.
O governo envidou esforços de natureza sanitária e econômica para salvar vidas e evitar a paralisação das atividades produtivas, com medidas emergenciais adotadas para alocar bilhões de reais, como é do mais amplo conhecimento de todos.
Neste contexto de tantas complexidades, é de ressaltar o invejável papel desempenhado pelo fomento comercial, que contribuiu, de forma significativa, injetando cerca de R$ 120 bilhões, em recursos próprios, para garantir o funcionamento das micro, pequenas e médias empresas, em montante bem superior ao liberado pelo PRONAMPE, programa de crédito elaborado pelo governo.
Entretanto, com sua experiência e habilidade, o fomento comercial soube usar a sua capacidade para administrar as dificuldades enfrentadas pelas micro, pequenas e médias empresas, mitigando os efeitos de uma inadimplência, prorrogando prazos e repactuando contratos para assegurar a sobrevivência de suas empresas clientes.
Tão invejável foi o desempenho do fomento comercial que é de inteira justiça enaltecer os resultados obtidos na gestão de riscos, operando sua carteira de recebíveis com índices de liquidez razoáveis, que giraram em torno de 70% a 90%.
Iniciamos 2021 com essas auspiciosas perspectivas contextualizadas pelo início da vacinação.
Inquestionavelmente a vacinação foi comemorada com a esperança nacional de imunização e de retomada efetiva da normalidade da vida do País.
A par de todas essas medidas, não se pode omitir a participação efetiva da indústria, do comércio, do agronegócio e dos serviços que geraram renda e emprego, que só poderão ter sucesso se conjugados com um intenso programa de vacinação para bloquear a circulação do vírus.
A pauta da mídia nacional se tornou exaustiva e tautológica ocupando espaço e tempo, insistindo em discorrer e vaguear com especulações de natureza geopolítica, ideológica, sociológica, econômica e humanitária, em torno do gravíssimo problema pandêmico de nossa atualidade.
Por que não ressaltar a atuação daquelas atividades produtivas que sustentam a economia?
Nestes meses de pandemia, férteis para a criatividade do pequeno empresário, surgiram 2 milhões de novas microempresas individuais, segundo o SEBRAE. Hoje no Brasil são 11 milhões de MEIs, fora as pequenas e médias empresas. Este é o mercado alvo do fomento comercial , que vem sendo muito bem trabalhado.
O Brasil é um País prodigioso, com um potencial incomensurável de riquezas. Para nós, que nestes meses temos realizado viagens, de carro, por São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a maior e mais cabal prova está nas rodovias deste imenso Brasil, cruzadas em todos os sentidos por intensa movimentação de milhares de caminhões transportando riquezas agregando valor à economia. Temos que valorizar o trabalho de milhares de brasileiros que se desdobram em produzir bens e serviços.
Caminhão não faz turismo.
A única solução para o momento, está em respeitar os protocolos, com a vacinação em massa, com os cuidados básicos de saúde, conjugada com a preservação da atividade econômica para gerar milhares de empregos em todos os segmentos da economia nacional, incrementando a capacidade de renda das classes menos favorecidas para aumentar o valor do PIB nacional.
Empresários do fomento comercial, vamos prosseguir nessa luta de apoio às micro, pequenas e médias empresas.
* Luiz Lemos Leite é presidente da Anfac e ex-diretor do Banco Central.
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O Brasil não parou, nem pode parar
